Troféu Julio Verne 2020
Após Gitana 17 abandonar
SODEBO Ultim 3 também desiste do recorde
Depois de pouco mais de 16 dias no mar, a tripulação do maxitrimarã Sodebo Ultim 3 decidiu nesta sexta-feira, 11 de dezembro, retroceder na tentativa de ganhar o Troféu Júlio Verne
O Gitana 17 - Edmond de Rothschild já havia abandonado depois de apenas três dias da largada por choque contra objeto flutuante não identificado (leia aqui). Agora foi a vez do Sodebo Ultim 3 desistir de tentar quebrar o recorde de volta ao mundo na disputa do Troféu Júlio Verne, já com 16 dias de mar. Enquanto navegava entre as Ilhas Kerguelen e o Cabo Leeuwin, a mais de 30 nós, Thomas Coville e seus sete tripulantes notaram danos no leme de boreste. Estavam, naquele momento, com tempo melhor que o do recorde estabelecido em 2017 por Francis Joyon em seu maxitrimarã Idec Sport.
Embora a tripulação conseguisse efetuar um reparo, depois de horas de trabalho duro, o leme não permitia que o barco navegasse a 100% de sua capacidade. Com isso, depois de discutirem o problema com a equipe em terra, Thomas Coville e sua tripulação foram obrigados a enfrentar os fatos e abandonar. A tentativa teve início na madrugada do dia 25 de novembro, às 2h55 e terminou hoje, dia 11 de dezembro de 2020.
Como consolo, ficou claro que o skipper Thomas Coville, e seu time formado por François Duguet, Sam Goodchild, Corentin Horeau, Martin Keruzoré, François Morvan, Thomas Rouxel e Matthieu Vandame tinham potencial para bater o recorde do Idec Sport (40 dias 23 horas e 30 minutos). “Portanto, foi muito decepcionante desistir desta tentativa de recorde de volta ao mundo, mas agora a equipe tem a convicção de que o recorde estará ao seu alcance em futura tentativa”, declarou Coville.
O Sodebo Ultim 3 está se dirigindo agora para a Ilha da Reunião, a 2.300 milhas de distância de onde estão atualmente, com o objetivo de realizar reparos mais amplos e tornar o barco confiável para a viagem de retorno ao porto francês de Lorient, onde está a base de operações da equipe Sodebo.
Patricia Brochard, copresidente da Sodebo, declarou a respeito: "Entrar no Troféu Jules Verne requer um nível muito alto de preparação, tanto psicológica quanto técnica. Thomas, François, Sam, Corentin, Martin, François, Thomas e Matthieu estiveram à altura do desafio e demonstraram total compromisso mental e físico com o projeto. O acompanhamento em terra da equipe em Lorient também foi admirável durante esta tentativa. Gostaria de agradecer a todos pelo trabalho realizado. Conseguimos tornar público nosso sonho por meio desta extraordinária aventura. Este abandono é, naturalmente, uma decepção para todos. Mas servirá também como um bom treino e experiência, a fim de nos ajudar a enfrentar os próximos desafios”