A grande fuga

The Great Escape

(de La Rochelle, França, até Curaçao, ilha holandesa no Caribe)

Por Roberto Negraes*

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Uma regata transatlântica, com Franck Cammas, Armel Le Cléac’h, Sam Goodchild, Alberto Bona e outros grandes nomes do iatismo mundial, contando ainda com a participação de mais 38 mil velejadores virtuais (muitos destes também navegadores em regatas internacionais do mundo real, embora não profissionais), foi a resposta para treinar táticas e navegação em tempos de quarentena

   O site Virtual Regatta criou uma prova transatlântica fictícia, batizando-a significativamente “The Great Escape” (A Grande Fuga), com a visível intenção de atender tanto aos profissionais da vela como aos habituais competidores em regatas virtuais. O motivo para isso é que atualmente quase todas as atividades de regatas oceânicas estão paralisadas em razão da pandemia de coronavírus.

   Eu nunca poderia deixar de participar. Uma oportunidade de estabelecer rotas e táticas contra os melhores do mundo? Irrecusável! Contudo, estou preocupado com a baixa qualidade da internet onde moro, ainda mais com a desastrosa e ao mesmo tempo incrível experiência anterior no Troféu Júlio Verne.Como no mar real, muita coisa pode acontecer durante uma regata oceânica, não é verdade?

   A Virtual Regatta (VR) ofereceu quatro opções de barcos (com respectivos polares): Imoca, Ultim (os máxi), Classe 40 e Figaro. Optei pela Ultim, raciocinando em termos de eventuais problemas na conexão com o simulador (terminaria em poucos dias, com menos tempo para “avarias”). Nesta categoria, estavam presentes o Franck Cammas com seu Gitana e mais onze profissionais de vários países. Eu tinha certeza que esses nomes não assustavam os demais competidores. Atualmente, praticam vela virtual centenas ou talvez mais de mil velejadores de regatas internacionais (semiprofissionais), além de mais alguns milhares de velejadores contumazes e proprietários de veleiros na vida real. Não tem nenhum bobo ou grumete a bordo. Em tempo, escolhi meu veleiro virtual Ondazul-BST (faz parte da equipe brasileira Brazilian Sailing Team, ou BST).

   A largada em La Rochelle (França) foi com brisa fraca (5 nós) às nove horas da manhã. Larguei bem, bem posicionado. Mas logo veio a ducha fria. Eu adquirira as velas para ventos fortes e fracos, que seriam predominantes durante a regata segundo as previsões anteriores, mas... A meteorologia tem a mania de me sacanear e a realidade foi outra. Com isso, a escolha das velas foi determinante. Tivemos, na maior parte da travessia do Atlântico, o uso da Code 0 (a única vela indisponível no meu barco). Se eu tinha esperanças de ficar entre os dez primeiros, agora a luta será para terminar entre os cem primeiros. Explico: compro velas e equipamentos com os bônus que consigo pelas boas participações nas regatas anteriores. A VR oferece créditos para o barco conforme o resultado obtido. Mas na inscrição das regatas, só é possível adquirir todo o equipamento, o full pack, por cartão de crédito internacional ou Paypal — sempre uso os limitados créditos de bônus! (rs).

   Logo depois da largada, aos poucos identifiquei os barcos dos profissionais, pois tinham um ícone azul sinalizando. Larguei bem, e os primeiros que percebi, muito próximos e no mesmo rumo, foram o Gitana (Cammas) e o Kiniska (Alberto Bonas). A essa altura, estou um pouco à frente de ambos, mas o posicionamento do Gitana está muito bom. E adiante, quando ele passar pelo meu veleiro virtual, vou aproveitar para pedir um autógrafo! Além deles, aos poucos fui localizando os demais profissionais presentes e seus barcos: Sam Goodchild (Leyton), Gildas Morvan (BBN), Cécile Laguete (Eclisse), Benoît Hochard (Chaîne de l'Epoir), Robin Follin (Tremplin Sud), Armel Le Cléac’h (La Chaîne de l'Espoir), Sébastien Rogues, Basile Bourgnon. Davy Beaudart, Gilles Lamiré (estes últimos não colocaram nomes em seus barcos, apenas os nomes pessoais os identificavam).

   E logo de início, infelizmente, cometo um erro, provavelmente causado pelo sono. Era 1h30 quando programei o Ondazul-BST (que estava à frente do grupo principal havia mais de quinze horas, rumo norte), para cambar oeste em meia hora; marquei o horário e rumo a seguir (em novo TWA), e fui dormir. Quando a gente usa o programador de rumos, inicialmente este aponta no mesmo que o barco está indo (no momento que fiz isso, meu barco navegava para 356 graus e com TWA 140). Sim, coloquei o horário. Mas,quase caindo literalmente de sono, ou esqueci de apontar o rumo oeste ou fechei a página da regata antes de o comando ser copiado pelo servidor. Quando acordei, com o despertador, às 4 horas, para verificar como estava, tive a desagradável surpresa de encontrar o Ondazul-BST encalhado numa ilha muito ao norte! Xinguei a mim mesmo e livrei o barco da ilha, depois virei a proa para oeste. Não só velejara no rumo errado, como ainda encalhara! A minha estratégia, bem como de muitos dos demais competidores, era subir um pouco para o norte a fim de pegar melhores ventos no Atlântico Norte e depois rumar para oeste por alguns dias, para finalmente descer quase direto, na longitude de Curaçao).

   Certamente, fiquei chateado (raramente cometo um erro nessas regatas). Estava indo muito bem, gastara todos os bônus ganhos por bons resultados anteriores e agora via os demais barcos pelo menos 30 milhas distantes. Lá se foram as chances de fazer uma regata, e desta vez por uma distração (me desculpo pelo sono). Mas um pouco de sorte ajudou, pois como o vento estava fraco, não fiquei tão longe do grupo. A pretensão agora é chegar entre os Top 500, ou quem sabe, conseguir estar entre os duzentos primeiros.

   Pouco mais de mil milhas percorridas. Ainda restam mais de 3 mil milhas para Curaçao. Muita coisa pode acontecer. E está acontecendo. Ventos fracos alternando com calmarias absolutas, mudanças bruscas de ventos de 180 graus, está extremamente difícil. O Gitana veio para perto do meu veleiro, numa rota bem próxima, embora mais ao sul. Eu também posicionara o Ondazul-BST ao sul do grupo líder. Quem também desceu, mas não tanto foi o Kiko PR BST.

   No dia seguinte, tomei uma decisão aparentemente radical: subir forte para no norte, cruzando a esteira do grupo principal (formada por top players) até uma latitude mais alta. A ideia é contornar um centro de alta pressão adiante, por cima, enquanto os demais parecem ter optado por fazer isso abaixo. Aparece outro barco pouco à frente, fazendo a mesma manobra. É o velejador profissional Alberto Bona, com o Kiniska. Enquanto isso, o Gitana, do Franck Cammas, segue levemente ao sul (e atrás) do grupo. Penso que os profissionais subestimaram a turma das regatas virtuais, pois pareciam meio distraídos no início, manobravam pouco e foram ficando para trás. De repente, parece que perceberam o erro e passaram a buscar o vento, pois agora estão se movimentando para valer.

   Pela frente, temos então uma encrenca na passagem pouco acima do centro de alta pressão. Vai exigir várias mudanças de rumo, até de dez em dez minutos ou menos. Impossível programar. Então, num momento que uso o Chrome ou o Firefox (que uso alternadamente) para entrar na página da regata e fazer o planejamento do Ondazul-BST, nada acontece. A página não abre. Minha conexão com a Internet está extremamente lenta. Conseguira me aproximar muito do grupo principal (de 1.500 depois do encalhe, já estava em 329 no ranking), mas, de repente, o barco ficará sem controle, e com o TWA fixo em 140 e mudanças à frente, pode simplesmente retornar, ou seja, girar 180 graus! Mensagens de texto consigo enviar, e, finalmente, peço ajuda ao Kiko. Mas, ao digitar no Whatsapp o nome e senha para acesso, quase tenho um enfarte. O corretor automático não permite. Se digito roberto.negraes@gmail.com, ele muda para "Roberto da Negra Maicon". Não, não é piada. Apareceu assim mesmo e em outras tentativas com pouca diferença. Finalmente, lembro de desligar o descorretor (sic) ortográfico. Quando finalmente o Francisco consegue acessar meu barco e dá uma ajuda, é tarde, embora o tenha salvo e evitado o pior (voltar para trás). Em vez de contornar com tranquilidade uma área de calmaria (o centro de alta), encontro meu barco exatamente no "olho" desse centro, com 2 nós de vento. Ao redor, o pessoal contornando em oito nós ou mais. Novamente, estou correndo atrás do prejuízo, e vou ficando muito atrasado.

   O que tenho me esforçado, quase sem dormir em várias noites, analisando por hora e meia ou mais a cada atualização meteorológica, como adaptar a rota sugerida por roteadores e as previsões, na luta para alcançar o pessoal na ponta! Muito esforço, em desvantagem por ter acesso à Internet por rádio, de apenas 1 MB (moro em zona rural, num sítio).

   Ainda falta muito para Curaçao. Praticamente estamos em frente a Nova York, numa rota complexa, pois o Atlântico parece uma colcha de retalhos de pressões atmosféricas indo e vindo, ventos completamente bêbados. Vai pra lá, vem pra cá, novamente encontro o Gitana do Franck Cammas bordo a bordo com meu barco. A esta altura, tanto ele quanto outros profissionais já devem ter percebido que regatas virtuais não são nada fáceis. Tenho observado, estão conseguindo se recuperar aos poucos (ficaram muito para trás no início da regata). Agora a coisa é para valer. Por incrível que pareça, mesmo com o problema de cair na calmaria, aos poucos eu também consigo me reaproximar do grupo dianteiro (o Gitana estava atrasado como eu). Confesso que fico estressado com a dificuldade diária e noturna de acessar a Internet, às vezes consigo no último instante, para não perder uma manobra. Entretanto, na maioria das vezes, atrasado.

Ondazul, do Roberto Negraes, e Gitana, de Franck Cammas: lado a lado, competindo virtualmente

Ondazul, do Roberto Negraes, e Gitana, de Franck Cammas: lado a lado, competindo virtualmente

   Em tempo, o Kiniska, do italiano Alberto Bona, me parece estar mais bem posicionado entre todos os profissionais.

   Noite seguinte, dormi eram 3 horas da madrugada depois de dorme-acorda-dorme, em função da regata. Não é um simples game, é muito mais como simulação e exige o mesmo que se você estivesse sozinho a bordo de um veleiro real. Levantei às 6 horas, entrei na interface da VR e, justamente quando ia fazer uma programação, a Internet caiu. Totalmente sem sinal. O Ondazul-BST então seguiu sem destino, desorientado. Esperei que a Internet voltasse pelo meio dia, mas quando eram 11 horas, veio o golpe de misericórdia: acabou a energia elétrica. Esta voltou algumas horas depois. E a Internet? Continuou inerte. Às 16 horas sumiu o pontinho de exclamação no ícone da rede, então consegui conectar, mas apenas pelo Whatsapp e texto, de tão lenta. Respondi mensagens dos meus filhos e alguns amigos (não quis incomodar o Francisco novamente). Tanto o Chrome quanto o Firefox não conseguiam abrir nenhuma página, muito menos da Virtual Regatta. A noite chegou, e 15 horas depois de ter ficado impossível navegar, nada acontece. Não tenho mais o que fazer. Vou dormir, pensando “se conseguir entrar em algum momento no site, vou apontar a proa num rumo fixo para Curaçao e esquecer”.

   Muito bem, foram 30 horas para conseguir voltar na VR. E o barco, por absurdo que pareça para quem entende de regatas oceânicas, ainda estava em 1.200 na classificação (são mais de 39 mil participantes!). Se ia desistir, mudei de ideia quando vi isso, devo ter colocado o Ondazul-BST num rumo muito bom antes do problema (e finalizando até em 2.000 no ranking eu ainda ganharia alguns pontos e bônus para as próximas regatas). Sabia que não conseguiria manobrar no dia seguinte (foi quando a Internet sobrecarregou geral, pois todo mundo em quarentena pelo coronavírus passou a conectar); então, simplesmente apontei o barco na direção em que entendi mais indicada e fui dormir (eram duas da madrugada). Foi uma boa ideia, pois ao amanhecer e o dia todo, não consegui mais conectar. Só na madrugada do dia 28, ou seja, 24 horas depois! Incrível, pois o Ondazul-BST ainda aparece em 1.300 no ranking! Desisti novamente de desistir (rs). Apontei o barco mais uma vez em linha direta para onde parecia haver vento e deixei. Desta vez, comuniquei com o Francisco e ele prometeu dar uma ajuda.

   Agora, madrugada do dia 29. Foram, mais uma vez, exatamente 24 horas sem acessar o barco. E para total surpresa, encontrei-o desta vez em 926 no ranking (graças à ajuda do Kiko). Apontei novamente para onde me pareceu melhor (ah, todos esses rumos a cada 24 horas que tenho feito foram sem consultar previsões nem roteadores, apenas no "acho que"). Estou mais próximo de Curaçao, indo "no tapa". Até aqui, foram quatro dias de milagres, pois navegar a cada 24 horas numa regata real ou virtual direto, sem mudanças de rumo ou velas, é coisa impossível. Vamos ver até onde vão as possibilidades do impossível.

   Domingo, 29. Pouco antes das 15 horas, consegui acessar. Meu barco aparece em 819º no ranking, melhorando aos poucos de modo inacreditável (lembrando que os ventos mudam acompanhando os dados (gribs) enviados pela NOAA, a cada seis horas). Consegui pegar os cartões de programação e preparei o Ondazul-BST para até a próxima madrugada (isso depois de mais de hora esperando o Chrome abrir a página da regata). O mais difícil será chegar em Curaçao. Pois existem muitas ilhas na rota, obrigando a manobras contínuas, e minha rota leva para perto de Nevis, entre as Ilhas de Sotavento. Provavelmente, terei de pedir ajuda ao Francisco (mas não quero mais incomodá-lo). Amanhece o dia 30, chegada prevista em Curaçao para a madrugada do dia 2 de abril (mais três dias). O Ondazul-BST está em 800 na classificação. Muita perseverança e estresse até aqui para conseguir isso (e talvez um milagre de Netuno ou Eolo), frente às dificuldades.

   Felizmente, não precisei mais pedir ajuda, bastava aguardar pacientemente de 20 a 40 minutos ou mais, então o Chrome ou o Firefox conseguia finalmente abrir a página. Sinceramente, com essa situação toda, deixei de acompanhar com atenção os demais participantes. Nem os habituais e tampouco os profissionais. Com o excesso de gente em casa, de quarentena, assistindo filmes, vídeos etc., e minha fantástica e rápida internet rural, de 1 MB, ficou difícil. Mas lá vai o Kiniska na liderança dos profissionais (em duzentos e poucos na geral), com o Gitana em segundo (aproximadamente em 450 na geral), e são os únicos dos marinheiros profissionais adiante do Ondazul-BST.

   Na madrugada do dia 1º de abril, finalmente, depois de 3.823,6 milhas náuticas percorridas, meu barco irá passar pelas ilhas. Menos de 500 milhas para Curaçao. Chegada prevista para amanhã. O dia anterior, uma terça-feira, foi novamente muito difícil, depois de uma aliviada na sobrecarga da Internet no domingo e segunda-feira (quando consegui navegar quase sem problemas, apenas com paciência aguardando abrir a página). Mesmo assim, decidi não pedir ajuda. Nesta quarta-feira, teria de fazer várias manobras, mas mesmo usando os quatro cartões de programação que me restam, não deram conta. Pois novamente não consegui entrar na Internet ao longo do dia. Isso resultou, mais uma vez, em encontrar o barco num trecho de ventos muito fracos, mas felizmente perdi apenas 30 posições (estava em 711 pela manhã, à noite ocupava a posição 745). Consegui ajustar o barco pelas 22 horas, e agora à 1h30 do dia 1º de abril, recuperei um pouco, em 728. Se o Franck Cammas bobear, ainda passo por ele, penso otimista (rs).

Posição dos barcos pouco antes das Ilhas de Sotavento

Posição dos barcos pouco antes das Ilhas de Sotavento

   1º de abril, as Ilhas de Sotavento ficaram para trás. A Internet melhorou, e estou conseguindo conectar com menos demora. Parece que as pessoas estão se cansando de ficarem conectadas, ou estão saindo mais de casa. O Curupira está, no momento, em 701 na classificação. Dos profissionais, Alberto Bona, do Kiniska não perde mais o duelo particular entre eles. Está em 279 no ranking. Em seguida vem Frank Cammas, em 402. Não deve mudar muita coisa até cruzarmos a linha de chegada em Curaçao. O líder geral é um barco virtual da Nova Zelândia, o Black Legend-TPN, seguido do suíço Tippacheri-BSP e do espanhol Hritzo. O amigo Francisco, que me deu um bom apoio nos momentos mais complicados, está em 133º lugar com seu KikoPR BST. Outro participante da nossa equipe, o Corumii-BST, surge em 452. E um brasileiro que ainda não conheço, mas está indo muito bem nas últimas regatas, surge entre os vinte primeiros, o Calama, no 16º lugar. Os líderes devem chegar a Curaçao na madrugada do dia 2. O Ondazul-BST, somente pela manhã.

   São 8h30, dia 2 de abril, e o Ondazul-BST passa pela linha de chegada. Finalizando na 685ª colocação, depois de muito sufoco, e graças a muita dedicação e persistência (mais algum milagre), e ajuda do Francisco, que terminou na 133ª posição.

   Os profissionais da vela, com certeza, subestimaram o pessoal das regatas virtuais. Isso ficou muito claro no início da regata. Contudo, a partir do terceiro dia, enquanto eu ainda conseguia observar o andamento da competição, acordaram e passaram a movimentar muito mais os respectivos barcos e procurar mais seriamente melhores rumos (tarde demais). De qualquer forma, apesar da estratégia e navegação serem muito semelhantes (inclusive muita gente usa os mesmos roteadores que esses profissionais usam, MaxSea, qtVlm, Adrena), não é nada fácil para ninguém. Aliás, a Adrena, empresa de software náutico específico para regatas oceânicas, ofereceu uma versão gratuita de seu navegador a todos os participantes da The Great Escape, por trinta dias, sem qualquer limitação, completo (bastava entrar num link oferecido pela VR). Uma curiosidade: a maioria dos competidores rumou na ortodrômica para Curaçao, assim como dois dos profissionais fizeram uma estratégia suicida, desceram para o Sul, até a costa da África, e perto de Cabo Verde rumaram para oeste, pela latitude de Curaçao. Ficaram entre os últimos colocados.

Classificação geral (os dez primeiros)

1º - Black Legend-TPN (Nova Zelândia)

2º - Tipapacheri-BSP (Suíça)

3º - Héphaistos (França)

4º - Runner 44 (França)

5º - Horitzo (Espanha)

6º - Frankiegoes Timovan (França)

7º - BREZHONEG56 (França)

8º - Leviathan13 (França)239

9º - Machaon (França)

10º - Iona29 (França)

Entre os profissionais (podium)

1º - Alberto Bono (Itália) –239º na geral

2º - Franck Cammas (França) – 412º na geral

3º - Armel Le Cléac'h (França) – 909º na geral

Entre os brasileiros (os dez primeiros)

1º - Caladan

2º - KikoPR BST

3º - Corumii-BST

4º - Ondazul-BST

5º - Fluminense

6º - Argus Brazil

7º - Itaúna 58

8º - Peixe-Boi

9º - DF69

10º - Tabarelli

 
*Roberto Negraes é jornalista especializado em náutica e navegação, um dos pioneiros do setor. Em sua primeira participação numa regata virtual, conseguiu um 8º lugar numa das etapas da Volvo Ocean Race de 2008-09, além de 22º e 27º em outras etapas…

*Roberto Negraes é jornalista especializado em náutica e navegação, um dos pioneiros do setor. Em sua primeira participação numa regata virtual, conseguiu um 8º lugar numa das etapas da Volvo Ocean Race de 2008-09, além de 22º e 27º em outras etapas. Depois disso, passou a praticar e tornou-se o melhor brasileiro e melhor participante do continente americano durante anos, vencendo etapas de regatas internacionais como a Velux Five Oceans em 2010, vencendo na categoria SO (sem equipamentos extras) uma Solitaire du Figaro, conseguindo o 2º lugar na classificação geral da Cap-Istambul de 2010 (num final polêmico, com os próprios franceses lhe escrevendo que um bug do game havia lhe tirado a vitória), e terminando entre os Top 10 em 16 grandes eventos internacionais. Na Volvo Ocean Race de 2011-12, após vencer a regata experimental oferecida pela organização, esteve em 2º lugar na classificação geral até a sexta etapa, infelizmente não dando sorte nas duas últimas pernas e finalizando em 5º lugar entre 330 mil participantes de 184 países. Depois disso, parou de competir desde 2012, mas retornou agora às regatas virtuais, participando inicialmente de regatas como testes, para adaptar-se (a tecnologia desenvolveu-se muito nos últimos anos).