Vendée Globe Real e Virtual - 23-11-2020
ATLâNTICO SUL EM CALMARIA
VELEIROS REAIS E VIRTUAIS DUELAM EM BUSCA DE VENTOS
E o francês Charlie Dalin (Apivia) leva a melhor, ultrapassando Thomas Ruyant (Linked Out) e deixando os demais a quase 300 milhas de distância
Charlie Dalin (Apivia) tomou hoje a liderança da Vendée Globe 2020-21, superando Thomas Ruyant (Linked Out). Os dois veleiros navegam em meio aos ventos fracos que dominam o Atlântico entre 15 e 30 graus de latitude sul, mas estão com grande vantagem sobre os demais, com o terceiro colocado, Jean Le Cam (Yes We Cam), a 281 milhas da dupla (às 16 horas do dia 23).
Hoje, foi o momento de acontecer uma situação inversa da ocorrida poucos dias depois da largada: agora é Jérémie Beyou (Charal) quem lamenta o problema de dano estrutural no Hugo Boss, de Alex Thomson, enviando mensagem de solidariedade ao skipper inglês (que por sua vez enviara palavras de apoio ao francês quando este teve de retornar ao ponto de partida). Jérémie Beyou já está próximo das ilhas de Cabo Verde (onde outro competidor, Nicolas Troussel (Corum L’Epargne), se refugiou depois de perder o mastro de seu veleiro), e segue na luta por uma recuperação quase impossível.
Todos os veleiros na Vendée Globe 2020-21 enfrentam calmaria no momento. E duelam por encontrar o melhor caminho para chegar aos míticos 40 graus sul (os roaring forties, ou cuarenta bramadores). A promessa de ventos fortes favoráveis nas altas latitudes é o atual sonho não apenas dos competidores reais, mas também dos virtuais, igualmente boiando em ventos de 3 ou 4 nós.
As previsões meteorológicas que chegam de seis em seis horas apresentam apenas piora nas condições de ventos para as horas seguintes. Assim, a cada dia, o objetivo atual, dobrar o Cabo da Boa Esperança, vai sendo adiado a cada atualização dos ventos pela NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, dos EUA).