Vendée Globe Real e Virtual - 11-01-2021

Apivia tira a liderança do Maître Coq — e a batalha do Atlântico está apenas começando

Apivia tira a liderança do Maître Coq e a batalha do Atlântico está apenas começando

Charlie Dalin (APIVIA)

recupera a liderança!

Com uma estratégia equivocada, rumando muito perto do continente, Bestaven (Maître Coq) sofre um grande revés: sua vantagem de 400 milhas se esvanece, ele perde a liderança e até o seu segundo lugar está ameaçado. A Loteria do Atlântico recomenda: façam logo suas apostas!

O “grupo dos cinco” está engajado numa sensacional “batalha do Atlântico”. O destaque do dia foi o Apivia superando o Maître Coq. E as coisas tendem a esquentar tanto no clima conforme sobem para o equador, quanto entre os participantes da Vendée Globe 2020-21. Temos até uma previsão de data para a chegada dos líderes a Les Sable d'Olonne: provavelmente, nos dias 28 ou 29 deste mês.

Um satisfeito Charlie Dalin (Apivia) retoma a liderança perdida no fim do ano

Um satisfeito Charlie Dalin (Apivia) retoma a liderança perdida no fim do ano

Uma grande zona de alta pressão estará no caminho da regata a partir de amanhã. E com elas, calmarias e grandes chances de mudanças drásticas de posições. Lembrando, conforme comentei ontem, que a vitória na Vendée Globe 2020-21 está entre Charlie Dalin (Apivia), Yannick Bestaven (Maître Coq), Thomas Ruyant (Linked Out), Damien Seguin (Groupe Apicil) e Louis Burton (Bureau Vallée 2).

O comentarista do site da Vendée Globe acredita ainda num sexto participante, o alemão Boris Herrmann (Seaexplorer Yacht Club de Monaco). Particularmente acho improvável; mas não impossível. A subida do Atlântico sempre foi um grande problema para participantes de competições de navegação oceânica. E quando as condições meteorológicas não ajudam, é bom ficar atento a surpresas. Mas por enquanto vou me ater ao termo “grupo dos cinco”. Se Herrmann fizer por merecer, eu o incluo nos próximos dias.

Thomas Ruyant (Linked Out): depois de 3 dias com desempenho reduzido, conseguiu fazer os reparos para voltar com força total

Thomas Ruyant (Linked Out): depois de 3 dias com desempenho reduzido, conseguiu fazer os reparos para voltar com força total

Ruyant comenta: "Deve ter sido muito duro este revés para Bestaven, mas para nós, que o perseguíamos, foi gratificante". E ele tem motivo para estar satisfeito. Finalmente, as condições de mar permitiram que ele subisse ao topo do mastro para consertar seu anemômetro, isso depois de três dias navegando sem informações suficientes para o sistema de navegação do barco. Agora, ele está de volta ao ataque na batalha do Atlântico.

Outro competidor muito motivado é Louis Burton: "Eu fico analisando as posições dos outros, na busca de algum modo de chegar e ultrapassar. Nunca senti tanto o prazer de competir numa regata. Fico contando as milhas que me separam de Ruyant, Seguin (os dois na alça de mira do Bureau Vallée 2) e fico estudando o que estão fazendo. É incrível isso".

Para o alemão Boris Herrmann (toda vez que leio algo sobre ele lembro, por algum motivo, do Herman Monstro, da família Adams), a regata continua viva, com nada definido: "Em todas as edições anteriores da Vendée Globe, a subida do Atlântico foi menos interessante, talvez por ser um único barco, ou dois disputando a liderança, a caminho de Les Sables. Desta vez, são cinco ou seis barcos procurando o pódio. E nenhuma das posições está definida.

Louis Burton (Bureau Vallée 2) parece feliz como uma criança brincando de batalha naval!

Louis Burton (Bureau Vallée 2) parece feliz como uma criança brincando de batalha naval!