Seleção em formação

Copa Brasil de Vela de Praia serviu para avaliar velejadores para a Seleção Brasileira de Vela Jovem que disputará os Jogos Sul-Americanos, em outubro. Foto: Gabriel Heusi - CBVela

Um passo rumo aos

Jogos Sul-Americanos

Mais de 150 competidores participaram da Copa Brasil de Vela de Praia, com barcos de classes tradicionais e, também, de cascos com hidrofólios, a novidade do momento

Em outubro, acontecerão os XII Jogos Sul-Americanos, no Paraguai, e a vela brasileira prepara-se para a competição. A dupla Nicholas Grael e Alice Brandão, na classe Snipe; Erick Carpes na ILCA (Laser) 6 e Felipe Fraquelli na ILCA 7, aumentaram suas chances de serem selecionados para o evento, após vencerem a Copa Brasil de Vela de Praia, que terminou no último dia 15 de maio, em Arraial do Cabo (RJ).  

Com participação de mais de 150 velejadores, a maioria com até 23 anos de idade, a Copa terá peso importante na escolha da equipe jovem brasileira que disputará os Jogos Sul-Americanos. “É no jovem que a gente aposta nossa esperança de renovação. Assim, fazemos um trabalho diferenciado no [programa] Vela Jovem, e estiveram presentes no evento dois técnicos para observar a participação de nossas futuras promesas”, disse o presidente da Confederação Brasileira de Vela - CBVela, Marco Aurélio de Sá Ribeiro.

Além dos barcos Snipe e ILCA, a Copa Brasil de Vela de Praia teve regatas nas classes Hobie Cat 14 e 16, Dingue, Optimist, IqFoil e WingFoil (sendo as duas últimas de barcos com hidrofólios). Foram premiados, de acordo com cada classe, os atletas por categoria, gênero (feminino, masculino ou misto), sub-23, master, estreante (classe Optimist) e geral.

As mulheres da raia

As classes ILCA 6 e IQ Foil, com apenas um tripulante, tiveram mulheres na raia, mas nas categorias disputadas por duplas, apenas a Snipe teve uma tripulação totalmente feminina, composta por Michelle Chevrand e Milla Pegorin, enquanto outras mulheres participaram em duplas mistas. “Como notei que a maioria das mulheres surgem velejando na proa, me especializei no leme e convidei a Milla (proeira). Gostaria que outras seguissem nosso exemplo, assumindo assim uma equipe somente feminina”, comentou Michelle.

Hidrofólios

Esta Copa em Arraial do Cabo serviu para destacar duas recentes classes de barcos com hidrofólios, a Wing Foil e a IQ Foil — esta última estreará nos Jogos Olímpicos em Paris, em 2024 —, que estão se tornando sucesso em todo o mundo.

O quatro vezes campeão pan-americano e velejador olímpico Ricardo Winicki (o “Bimba”), foi o vencedor na Wing Foil. Um dos precursores da classe no país, ele falou sobre como é velejar neste barco: “É a mesma teoria do Windsurf, só que não tem mastro nem acessórios. Uma vela olímpica pesa 7 quilos no Windsurf, mas no Wing Foil pesa apenas 1,5 quilo. É rápido e fácil de aprender”.

Na outra classe com hidrofólios, a IQFoil, o gaúcho Guilherme Plentz (Clube dos Jangadeiros) foi o campeão.

Demais resultados

Na Hobie Cat 16, venceu a dupla Geisa e Felipe Frey. Na Hobie Cat 14, Adam Mayerle, do Iate Clube de Santa Catarina, foi o campeão.

Na Dingue, o primeiro lugar coube à dupla Sofia Toledo e Luiz Correia, enquanto na Optimist, o veterano mirim Pedro Britto terminou no topo do quadro de classificação, com o estreante infantil Miguel Lanate da Silva em segundo lugar e o estreante juvenil Erick Bueno em terceiro.

Roberto Negraes