Óleo no mar
Alerta
contra poluição
Novos vestígios de óleo atingem a costa brasileira
O encalhe do navio graneleiro sul-coreano Stellar Banner no litoral do Maranhão, tendo a bordo 275 mil toneladas de minério da Vale e milhares de litros de combustível e óleo, levou a Marinha a instalar um gabinete de crise durante mais de três meses junto a órgãos ambientais e os responsáveis pela embarcação para monitorar os riscos de danos ambientais. O caso foi concluído no dia 12 de junho, com afundamento do graneleiro após a retirada da carga e do óleo, visto que não havia possibilidade de reparos, a 150 km da costa maranhense.
Poucos dias depois de encerrar as operações envolvendo o Stellar Banner, a Marinha passou a informar à imprensa sobre o ressurgimento de vestígios de óleo no litoral do Nordeste, e posteriormente no Espírito Santo. Não, não tinha nada a ver com navio sul-coreano.
Uma nota do dia 29 de junho dava conta que “As amostras analisadas, até o momento, indicam ser o mesmo tipo de óleo que chegou à costa brasileira em 2019 (...) Avaliações permanecem sendo realizadas, incluindo a participação da comunidade científica. A Marinha do Brasil estabeleceu uma estrutura dedicada a esse evento, de modo a melhor conduzir as ações e neutralizar danos ambientais, sociais e econômicos, permanecendo em estreita coordenação com autoridades locais e órgãos ambientais”.
Porém, no dia 2 de julho, a informação era de que amostras analisadas pelo Laboratório de Geoquímica Ambiental do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM) “não são compatíveis com óleo encontrado no litoral da região Nordeste e do Espírito Santo, em 2019. O material analisado sugere um produto envelhecido, de origem anterior a 2019, que se encontrava no leito oceânico e que se desprendeu devido às condições de mar agitado e ventos intensos observados na região”.
Ontem, dia 6, a Marinha informou que recolheu 1 kg de vestígios de óleo na praia de Barra do Jacuípe, em Salvador, e que “cerca de 140 militares estão envolvidos na operação de monitoramento das praias do litoral baiano a fim de identificar novas incidências destes vestígios, que surgiram após condições de mar agitado e ventos intensos observados na região”.
Resta esperar que essa poluição cesse, pois ainda que ficasse comprovado que o óleo é o mesmo que manchou grande parte da costa brasileira no ano passado, até hoje não se sabe a origem daquele desastre ambiental.