190 anos do Farol da Ilha Rasa
Amigo dos navegantes
Auxílio centenário
Farol da Ilha Rasa completa 190 anos em atividade
Um dos principais e mais emblemáticos faróis em atividade no Brasil, o Farol da Ilha Rasa, localizado na entrada do Porto do Rio de Janeiro (Latitude: 23° 03',8 S Longitude: 043º08', 7 W; alcance luminoso: 51 milhas náuticas), faz 190 anos. Uma breve história desse importante e bonito auxílio à navegação, descrita no site da Marinha (www.marinha.mil.br), relata que sua criação ocorreu a partir de um projeto apresentado pela Junta de Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação a D. João VI, que ordenou a construção, em 1819.
Erigido a 77 metros acima do nível do mar, ao sul da barra da Baía da Guanabara,e constituído por uma “robusta torre de quatro largas faces de alvenaria, com 26 metros de altura e 1,3 metro de espessura, encimada por lanterna cilíndrica com 2 metros de altura”, o farol demorou dez anos para ficar pronto. Enquanto aguardava a conclusão da obra, o Rio chegou a receber perto de 1.500 navios, sendo 398 de longo curso e o restante de cabotagem. Até a noite de 31 de julho de 1829, quando as luzes do farol finalmente se acenderam, os navegantes contavam com o auxílio apenas de uma fogueira que era acesa todas as noites na mesma Ilha Rasa onde, até hoje, brilha o mais famoso sentinela da costa do Brasil.
Algumas curiosidades sobre o Farol da Ilha Rasa
A construção, cuja maior parte da mão-de-obra foi de presos sentenciados, sofreu atraso de 3 anos.
Segundo a Junta de Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação, o aparelho de luz, importado da França, foi roubado por um corsário argentino.
O aparelho luminoso tinha armadura metálica, três refletores parabólicos rotativos e 21 candeeiros queimando óleo vegetal.
Cinco décadas após sua inauguração, o Farol da Ilha Rasa passou a utilizar energia elétrica, tornando-se o primeiro do gênero na América do Sul.
De elevado custo de operação e manutenção, o aparelho eletrificado foi substituído por um maior, a querosene, em 1909.
Em 1922, a Ilha Rasa foi usada como cárcere para oficiais que participaram da Revolta dos 18 do Forte. Cerca de duas décadas depois, foi base para o Grupamento de Vigilância Aérea do Exército Brasileiro.
Em 1949, o farol foi novamente eletrificado e foi instalado ali um rádio-farol, que orienta os navegantes por ondas de rádio.
Hoje, também funciona ali uma estação meteorológica da Marinha do Brasil.
Saiba mais:
Luzes do Novo Mundo – Histórias dos Faróis Brasileiros; autor: Ney Dantas; 1ª edição – Rio de Janeiro, 2002; Editora Luminatti